RISCOS NO CARRO: O SEGURO AUTOMÓVEL PAGA A REPARAÇÃO?

riscos no carro seguro automovel

Acontece a qualquer pessoa: olhas para o carro e descobres um risco novo. Ou estás a sair da garagem e dás um toque num poste.

A seguir surge a pergunta: “Será que o seguro paga isto?”

 

A resposta depende sempre do tipo de seguro que tens e de como aconteceu o risco ou o toque. 

🚗 Seguro Automóvel de Terceiros: o seguro obrigatório que não protege o teu carro

 

Para circulares legalmente tens de ter um seguro de responsabilidade civil automóvel, conhecido como Seguro Automóvel de Terceiros. É mesmo obrigatório por lei.

Este seguro serve para proteger outras pessoas quando és tu quem causa estragos. Se bateres noutro carro, se partires um retrovisor ou se danificares algum bem de alguém, enquanto estás atrás do volante, é este seguro que paga.

 

Mas é importante perceber que um Seguro Automóvel contra Terceiros não protege o teu carro.
Se riscares o carro a estacionar, não tens cobertura.
Se alguém o riscar no parque e não souberes quem foi, também não há forma de usar o seguro de Terceiros.

 

Em resumo: este tipo de seguro automóvel protege os outros, não te protege a ti nem ao teu veículo.

 

Para teres proteção contra riscos, toques na garagem, amolgadelas, vandalismo ou outras situações semelhantes, precisas de um seguro mais completo, como um Seguro de Danos Próprios.

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🛡️ Seguro Automóvel de Danos Próprios: quando é que cobre riscos no carro?

 

O Seguro Automóvel de Danos Próprios é o que realmente te protege em situações em que o teu carro é afetado. Mas tudo depende da origem da situação. 

 

Vamos ver os principais cenários:

 

➡️ Quando és tu a causar o dano (acidentalmente)

 

Se estavas a sair da garagem e raspaste no muro, este tipo de situação costuma estar incluído na cobertura de Choque, Colisão e Capotamento. Mas isto é apenas um exemplo.

 

Esta cobertura aplica-se de forma geral a situações como:

-> toques contra objetos fixos (postes, muros, pilaretes),

-> raspadelas ou amolgadelas ao estacionar,

-> pequenos impactos ao manobrar,

-> bater involuntariamente num carro estacionado (nesse caso o teu seguro trata do teu carro e o seguro obrigatório trata do outro veículo).

Ou seja, sempre que o teu carro bate ou raspa em algo por acidente, os Danos Próprios podem responder, desde que não tenha sido feito com intenção.

 

💡 E se eu fizer estragos de propósito?

 

Às vezes surge a ideia: “estrago o carro e o seguro paga”. O seguro só cobre situações acidentais, nunca situações provocadas de propósito.

 

“Mas afinal como é que a seguradora vai saber?” pensas tu.

 

Existem profissionais independentes — os averiguadores — que avaliam estes casos. São especialistas, quase como “inspectores privados”, com muita experiência em identificar:

-> como foi feito o risco,
-> a direção do toque,
-> a força aplicada,
-> se o relato do condutor faz sentido.

É muito difícil enganar estes especialistas, porque já viram praticamente tudo.
Sempre que há dúvida sobre a origem do estrago, são eles que analisam o caso.

➡️ Quando outro condutor identificado provoca o estrago

 

Se outro carro riscar o teu — como ao abrir a porta, por exemplo — o responsável é o outro condutor e é o seguro dele que paga.

 

Mas isto não se limita a portas no estacionamento. Inclui:

-> toques involuntários ao virar,
-> pequenas colisões,
-> impactos que acontecem enquanto o teu carro está parado,
-> qualquer situação em que outro veículo te causa estragos e sabes quem foi.

A regra é simples: se outro condutor é responsável e está identificado, é o seguro dele que tem de ser ativado, e não o teu. Assim evitas franquias e aumentos futuros.

➡️Quando é alguém a pé, de bicicleta ou a transportar algo

 

Nem sempre o estrago vem de um carro.

 

Há situações muito comuns:
uma bicicleta que raspa o teu carro, um carrinho de compras que bate na porta à saída do supermercado ou alguém que passa com uma mochila ou ferramenta e deixa um risco.

 

Desde que consigas identificar quem foi, pode ser acionada a responsabilidade civil privada dessa pessoa (se tiver). Caso essa opção não exista, os teus Danos Próprios podem responder, dependendo das coberturas.

 

Este tipo de situações inclui:

-> crianças que riscam o carro sem querer,
-> pessoas que encostam objetos ao carro,
-> quedas de objetos durante transporte,
-> impactos com carrinhos de compras.

A lógica aqui é: foi acidental, a pessoa é identificada, existe forma de responsabilizar. Se não houver, os Danos Próprios podem entrar.

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➡️ Quando é vandalismo (com intenção)

 

Se alguém estraga o teu carro de propósito — risca com uma chave, parte um espelho ou amolga a lateral — isso é considerado vandalismo.

 

Para estar protegido, precisas da cobertura de Atos de Vandalismo, que é opcional em muitas apólices.

 

Vandalismo inclui, por exemplo:

👉 riscos profundos feitos de propósito,
👉 vidros partidos de forma intencional,
👉 amolgadelas deliberadas,
👉 puxadores arrancados,
👉 retrovisores partidos voluntariamente,
👉 tentativas de arrombamento que deixam marcas.

Regra geral: tudo o que é feito com intenção de estragar por outra pessoa que não tu próprio, entra nesta categoria — mas só está protegido se esta cobertura fizer parte do teu seguro.

⚠️ Antes de accionar o seguro: dois pontos importantes

 

Ativar o seguro numa destas situações é útil, mas deve ser uma decisão ponderada. 

Aqui ficam dois aspetos essenciais antes de pedires a reparação através da apólice.

 

1️⃣ A franquia: uma parte fica sempre por tua conta

 

A maioria dos seguros de Danos Próprios tem uma franquia.

Isto significa que pagas sempre uma parte do valor da reparação.

 

Um exemplo simples:

+ O arranjo custa 350 €
+ A tua franquia é 200 €
+ O seguro paga apenas 150 €

Por isso, em toques leves ou riscos pequenos, muitas vezes acaba por não compensar accionar o seguro.

 

2️⃣ O preço do seguro vai aumentar na renovação

 

Sempre que usas o seguro para reparar o teu carro, isso fica registado.
E esse registo vai fazer subir o preço na renovação seguinte, e seguintes.

 

Este aumento varia de seguradora para seguradora, e também depende do teu histórico.
Às vezes, usar o seguro para reparar algo pequeno pode significar pagar mais nos próximos anos.

 

Por isso é importante comparar:
Quanto recebes agora vs. quanto poderás pagar a mais depois.

“Se vai aumentar o preço a pagar na renovação, mudo nessa altura de seguradora”

 

Era bom, se assim fosse… Mas as seguradoras também pensaram nisso. Existe um registo central de sinistros, partilhado entre as seguradoras.

 

Sempre que há um sinistro, essa informação fica lá registada. Por isso, mesmo que mudes de seguradora, a nova companhia vai ver esse registo, e ter isso em consideração no preço que te apresenta.

 

Isto significa que trocar de seguradora na renovação apenas para evitar um aumento devido ao sinistro não vai resolver.

📝 Em Resumo:

Para saberes se o seguro cobre riscos e se vale a pena usá-lo, pergunta-te:

 

🟢 Que tipo de seguro tenho: Seguro Automóvel de Terceiros ou Danos Próprios?

🟢 Como aconteceu o toque ou risco? Foi acidental, provocado por outra pessoa, ou vandalismo?

🟢 Compensa usar o seguro depois de considerar franquia e possível aumento do preço na renovação?

Se quiseres ajuda a analisar o teu caso específico, estamos sempre deste lado para te orientar — simples, direto e à maneira MUDEY. 

 

 

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