Duas cabeças geralmente pensam melhor que uma. 

Mas será que acontece o mesmo nos Seguros de Vida? 

Será que compensa ter duas pessoas no mesmo seguro de vida ou é melhor fazer um seguro para cada uma delas?

Seguro de Vida Individual vs Seguro de Vida Conjunto

Antes de ir ao tema deste episódio deixa-me introduzir um conceito. O seguro de vida pode ser:

✅ Uma apólice individual, onde é indicada apenas uma única pessoa 

✅ Uma apólice conjunta, onde são indicadas duas pessoas seguras

✅ Ou uma apólice de grupo, onde são indicadas mais que duas pessoas. Mas isto é mais no caso de empresas

Se já fizeste um crédito habitação no passado, ou se estás a negociar um de momento, um dos requisitos que o Banco te impõe é fazeres um Seguro de Vida. 

Se o crédito habitação tiver dois titulares associados, por exemplo, um casal, então ambas as pessoas têm de ter um seguro de vida.

Como resultado, a prática comum, é o casal fazer um seguro de vida conjunto, ou seja, ambos estão especificados num único seguro como pessoas seguras.

Mas quais as vantagens e desvantagens desta situação? Será que faz mais sentido ter os dois numa apólice, ou em apólices separadas?

O Seguro de Vida faz parte da herança?

Clica aqui para saberes mais sobre este tema

Um seguro de vida conjunto é mais em conta que dois seguros individuais.

Se existir necessidade de ter duas pessoas seguras, como é no caso de um crédito habitação com dois titulares, ao fazeres uma apólice conjunta, o valor do prémio vai ser mais baixo.

O que acaba por funcionar como um desconto de quantidade.

Por exemplo, uma apólice de 100.000€, com duas pessoas seguras vai ficar mais em conta, do que duas apólices de 100.000€ para cada uma das pessoas seguras.

Mas as apólices individuais oferecem maior proteção financeira!

No caso de uma apólice conjunta, a seguradora vai pagar apenas uma vez a indemnização, mesmo que ambas as pessoas faleçam, ou fiquem inválidas, em simultâneo.

Se as apólices forem individuais, então, cada uma das pessoas seguras em caso de invalidez, ou os seus beneficiários em caso de morte, recebem também de forma individual. Em suma, cada apólice individual paga o seu próprio capital.

Neste cenário, de ambas as pessoas seguras falecerem em simultâneo, como existem duas apólices, a seguradora vai pagar 100.000€ duas vezes aos beneficiários.

Ou seja, com duas apólices individuais pagas um pouco mais, mas tens o dobro da proteção.

Cuidado a ter no Seguro de Vida Crédito Habitação quando o crédito tem dois titulares

Por vezes, na negociação do Crédito Habitação junto do Banco, e para reduzir o custo mensal do seguro, o Banco permite que o Seguro de Vida seja realizado com 50% do capital.

Por exemplo, estás a obter um crédito, e podes fazer um seguro de vida com cobertura de 50% do valor em dívida, tendo as duas pessoas como seguras. 

Isto significa, que se uma das pessoas ficar com invalidez ou falecer, o seguro apenas vai pagar metade do valor em dívida do crédito. 

A pessoa que sobrevive continua a ter a responsabilidade de pagar o resto do valor em dívida ao Banco.

Por isso, pensa bem antes de optares pela opção com custo mensal inferior.

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Deves ou não subscrever um Seguro de Vida Individual ou um Seguro de Vida Familiar?

Depende. Do nosso ponto de vista, no caso do  Seguro de Vida Crédito Habitação, uma vez que o Banco é o beneficiário irrevogável, faz sentido ter uma apólice conjunta, que cubra 100% do capital em dívida.

Por outro lado, se estás a contratar um seguro de vida, com a perspectiva de proteção financeira da tua família, se o pior te acontecer, ou de ti próprio em caso de invalidez grave, em que podes nomear os beneficiários que entenderes, então uma apólice individual faz mais sentido.

E se tens dúvidas quanto aos beneficiários, nada como ouvires o episódio do Em Bom Segurês, onde falo sobre as boas práticas que deves ter.

Estamos disponíveis através do chat que encontras no canto inferior direito do teu ecrã, ou pelo telefone 965 925 050.

Até já!